2. DISRUPÇÃO DAS CADEIAS GLOBAIS DE SUPRIMENTO
Por anos, os pilares do gerenciamento da cadeia de suprimentos foram a globalização, os suprimentos de baixo custo e os estoques mínimos.
No entanto, a COVID-19 rompeu as cadeias de suprimentos em todo o mundo e esse impacto não pode ser subestimado. Ela fez com que as empresas desenvolvessem a resiliência da cadeia de suprimentos e avaliassem como futuras interrupções podem ser evitadas e como restabelecer rapidamente sistemas, se necessário.
Infelizmente, as interrupções na cadeia de suprimentos são cada vez mais frequentes e severas. De acordo com a McKinsey, as interrupções na produção industrial ocorrem atualmente a cada 3,7 anos
Os especialistas preveem que os sistemas poderão se “normalizar” em 2023. Mas, mesmo que isso aconteça, a pandemia expôs as vulnerabilidades da rede logística global a futuras instabilidades políticas, desastres naturais e mudanças regulatórias.
A flexibilidade da cadeia de suprimentos surgiu, portanto, como um fator crítico para os negócios.
3. O COMÉRCIO MÓVEL CONTINUARÁ A CRESCER
Um dos fatores que impulsionam o crescimento do comércio varejista on-line é o uso global de smartphones e tablets.
Tanto os comerciantes quanto os compradores usam cada vez mais os aplicativos de compras móveis, sendo que um em cada cinco compradores norte-americanos afirma usá-los várias vezes ao dia. Os aplicativos de compras próprios das marcas, a tecnologia sem fio 5G e as compras sociais convergiram para tornar esse comércio móvel – ou m-commerce – mais fácil.
De fato, a previsão é de que o comércio móvel ocupe 6% do total de vendas no varejo em 2022, um aumento em relação aos 4,1% de 2019. E até 2025, estima-se que as vendas do comércio social – aquelas que ocorrem em plataformas como Facebook, Instagram e TikTok – triplicarão.
Quase metade dos consumidores chineses já faz compras nas redes sociais, e podemos esperar um crescimento ainda maior em todos os mercados com o surgimento de aplicativos de compras próprios das marcas, mais campanhas de marketing por SMS e pelo Facebook Messenger e ainda mais conteúdo de comércio social no TikTok e no Instagram.
4. O SURGIMENTO DO LIVE SHOPPING E DOS CANAIS MISTOS
Uma extensão desses canais de comércio móvel também está surgindo com as compras ao vivo, que estão se tornando cada vez mais populares.
Para os que não sabem, esse fenômeno se baseia na ideia de que o futuro das compras é o vídeo. Ele proporciona uma experiência que se assemelha muito às compras presenciais, em que os compradores podem assistir às pessoas (por exemplo, influenciadores) experimentando os produtos em tempo real e fazendo comentários. Pense nos canais de compras da televisão dos anos 1970-80, especializados na venda de artigos para o lar, moda e produtos de beleza. O conceito é o mesmo, mas agora acontece em telefones celulares.
O Live shopping deslanchou com força total na China, onde é previsto que o mercado ao vivo aumente de US$ 2,27 bilhões em 2021 para US$ 4,92 bilhões em 2023. Ele também está crescendo como um canal de marketing em outros mercados, como os EUA, onde 20% dos compradores on-line disseram ter participado de live shopping.
De acordo com a McKinsey, até 2026, as vendas por live shopping podem representar até 20% de todo o e-commerce.
5. DOMÍNIO CHINÊS E PAÍSES DO BLOCO ÁSIA-PACÍFICO
De acordo com as projeções, as vendas de comércio eletrônico no varejo na região Ásia-Pacífico serão maiores do que no resto do mundo em conjunto até 2023.
Em 2022, por exemplo, as vendas de comércio eletrônico da China totalizaram aproximadamente US$ 2,8 trilhões. Isso é mais do que o dobro do mercado dos EUA. E essa disparidade é ainda mais acentuada no B2B, já que os países da APAC e a China continuam a melhorar suas estruturas industriais.
É preciso lembrar que, com cerca de 632 milhões de usuários de Internet, a China é o maior mercado de comércio eletrônico e o que mais cresce no mundo.
RESUMINDO
Todos os dados, pesquisas de mercado e tendências falam de um mercado de e-commerce que se tornou uma parte importante da economia global, e isso não deve mudar. Apesar de enfrentar algumas adversidades, o mercado deve seguir crescendo, proporcionando aos centros de fulfilment de e-commerce inúmeras oportunidades de crescimento. No entanto, para atender a esse mercado, será importante que os centros de processamento de pedidos trabalhem para otimizar suas operações a fim de reduzir custos e recursos usando mais automação e tecnologias digitais.